Natureza inquieta:
O frio e o silêncio humano
A tudo estremece
...
A mangueira e o vento:
As folhas frágeis esvoaçam
Hipnótica dança
...
Carência submersa:
Atiçam o descontrole
Cheiros e lembranças
Natureza inquieta:
O frio e o silêncio humano
A tudo estremece
...
A mangueira e o vento:
As folhas frágeis esvoaçam
Hipnótica dança
...
Carência submersa:
Atiçam o descontrole
Cheiros e lembranças
tempestade à frente
sigo...
(ou talvez seja ela
que vem até mim)
nesse barco - casa frágil
de olho no horizonte
temporário
a interrogar nuvens mudas e
o jardim bonito...
suor e neblina
banham meu rosto... nada a ouvir
além do vai-e-vem derramado
sem hora de parar, estando...
cadê o sol que iluminava
os pacientes coqueiros
e dissipava a espera
em lúdicos instantes?
dizem que passageira é a estação
(tal qual a dor que me açoita
em pleno são joão)
diante do embate, estremeço
(clamo adiante das brumas
a ilha que antevejo)
e aguardo dos teus lábios
o anúncio deste teu beijo
construí um ninho
sobre as horas
para contemplar a brisa
que balança o mar
às vezes desejo
contra o vento
que você apareça
e viva comigo
todas as ausências
(memórias encenadas na varanda)
infinito é o espetáculo
que minhas retinas aplaudem
a menos que eu acorde