Um amigo pergunta o que penso do ChatGPT.
– Temos um novo oráculo na praça. Mas ainda prefiro o I Ching, é mais poético além de exigir considerável esforço de processamento neural.
Alguém entra no papo e diz que é preciso saber perguntar, que uma pergunta bem formulada já contém em si a resposta, que é uma ferramenta maravilhosa e coisa e tal…
Lembro daquele robozinho que busca a mãe no filme do Spielberg.
… Que a inteligência artificial é uma realidade, permite que nos tornemos artistas plásticos, músicos, que façamos projetos arquitetônicos, jogos de guerra… Os escambaus a quatro, além de muito trabalho escolar – o que alivia em muito a pressão sobre o professorado.
O que sobrará do meu cérebro para ser estudado caso me doe para alguma faculdade de medicina?
Meu temor é acordar máquina que range…
Preocupa-me a escolha de qual óleo amaciar minhas juntas e conduítes venosos, diante de uma prateleira cheia de substâncias trans, gorduras altamente saturadas, ácidos graxos e outros inúmeros combustíveis para minhas células plásticas eternamente duráveis.
Não consigo explicar mas do nada inventei uma desculpa dramática e consegui escapulir completamente da conversa e fui jogar point and click na parede lá de casa.
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