A Tempestade, Ivan Konstantinovich Aivazovskii, 1899
tempestade à frente
sigo...
(ou talvez seja ela
que vem até mim)
nesse barco - casa frágil
de olho no horizonte
temporário
a interrogar nuvens mudas e
o jardim bonito...
suor e neblina
banham meu rosto... nada a ouvir
além do vai-e-vem derramado
sem hora de parar, estando...
cadê o sol que iluminava
os pacientes coqueiros
e dissipava a espera
em lúdicos instantes?
dizem que passageira é a estação
(tal qual a dor que me açoita
em pleno são joão)
diante do embate, estremeço
(clamo adiante das brumas
a ilha que antevejo)
e aguardo dos teus lábios
o anúncio deste teu beijo
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