Partiria. Atenderia ao chamado, decidiu.
Que o esperasse, com uma torta de frango sobre a mesa, pediu e jurou, diante dos olhos tristes da mulher, que retornaria assim que o conflito terminasse.
A ela (enquanto ajudava na arrumação da mochila) ocorreu que o caos não duraria para sempre…
Até riu, e contentou-se, tudo passa, fixou!
Mas o esperado demorou…
E o tempo, implacável, se sucedeu em opressiva inutilidade.
Então, as mãos cansaram, os seios murcharam… os dentes caíram até…
Numa desavisada manhã, sem que nenhum estrídulo de sirene arranhasse o ar, a própria esperança se extinguiu e o relógio cessou a vigília.
O que era vivo faleceu e o que tinha perecido insistia em viver.
Enfardado de cicatrizes e remorsos, o maltrapilho homem cruzou o vão da porta morta.
Automática, a vista perscrutou a sala fúnebre e ao sentar-se à mesa defunta sentiu que o abandono era sua única companhia.
E ali, habituado ao vazio conquistado, compreendeu que morrera no instante em que partira.
Lá fora, a guerra zurrava.
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