ao receber mensagens
(quantas abomino...)
nem bem leio (ou ouço) as primeiras palavras
(algumas fáceis, tão evidentes...)
imediatamente salta aos olhos o sofisma
(argumento corruptor do pensamento)
por detrás de aparente sabedoria:
existe sempre uma esperta armadilha
vixe, como são enfadonhas
tediosas tais mensagens...
demoram a chegar a termo
exigem tempo demais da atenção
tal qual um sermão de jesuíta...
quando enviarem mensagem, recomendo:
- direto ao ponto!
que a vossa síntese provoque reflexão imediata
enfim, proselitismo é excesso
e já estamos até o talo de lixo e inutilidades
(nada existe de bonito
em expressar em duas palavras
tudo aquilo que pode ser dito com uma)
dói ver estes simulacros poéticos
perdidos em apelos sensíveis
(vendedores de carnê)
cheios de preconceitos e clichês afetivos
fantasiados de efeitos especiais
digo aos tantos que me enviam mensagens
- não necessito de comoção
tampouco de lágrimas fáceis
em meus olhos inundados
minha alma-alvo
ansia apenas por uma palavra,
a certa… avaliem portanto:
é preciso mesmo feri-la?
Eis aí um dos nossos atuais problemas, aqui verbalizado em poesia.
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