Conversemos, Teddy Cobeña, 2017
oh baby, baby, que alívio
saber que estás aí… ao alcance do convite
praquele almoço… no chinês
onde enchemos a cara de saquê
e houve aquele beijo pra lá de inocente
- e quantos apertados abraços? (...)
estávamos embriagados
(alvíssaras, não choramos) verdade
mas nossos olhos serenos estampavam
escandalosos
a aflição de desconhecer
o que ainda nos impede
de dançar outra vez
ao som de outros baianos… oh baby
tantas luas
outras varandas
a rodopiarem em mim
e esta avidez de fuçar bibliotecas
a porra toda, a bíblia
e não encontrar capítulo
parágrafo
linha
que me livre da meleca
da bostica toda que me assola
porque nada
nada me consola
além da tua mão
sobre a minha
naquele fim de tarde
onde teus olhos e o meu sorriso
se encontraram… e tu, como estás?
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