Os Amantes, Rene Magritte, 1928
- sob o luar
tua mão e tua boca
estremecem o céu
- a chama
na ponta dos dedos:
na língua a recusa
do verso final
- o êxtase beija a rosa
afogado num vulcão
eis que o amor vira fome
- a rosa de pétalas doces
esqueceu dos espinhos e gemeu
sob o aroma de mil jardins
- trêmulas, mãos adormecem
entre canteiros de plânctons
que sacralizam aquela alcova
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