The Sun, Edvard Munch, 1911
toda vez que me sinto aperreado
penso na minha Morte
e todos os meus problemas
se evaporam
na névoa da inutilidade
mas embora seja libertadora
(e justamente por isto)
não almejo qualquer poder sobre ela
que me alcance
apenas naquele instante
em que o mistério
da minha biologia revelada
permita e contemple
por fim, a seguirei, Mãe...
(senhora do descanso, fiel à tua paz
que me livra e guarda nessa hora,
sob a alegria do Tempo - meu pai)
recostado numa ribanceira
nos braços da mulher amada
cercado de netos por todos os lados
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