Dance of Eternal Love, Toshi Yoshida, 1970
o poema
dispensa a lógica
desaprecia negociar lisonjas…
quem disse que o poema deva ser cornucópia
de falácias, sofismas, trapaças, barriga, burlas…
ou vire ruína
pela necessidade, vaidade, medo, ânsia
urgência, fome, sede, conservação
preservação, manutenção…?
que olhe apenas a natureza
o poema
sem qualquer conluio a priori
ou impostura
de métrica
de rima… para que a medida no poema?
o poema acontece
espontâneo...
o verso é que nem festa
surpresa
estrofe fortuita
ocasional afeto
simples beijo...
poema é bônus
todo o resto é engenho
gasto
a se amar por instante
na brevidade
dessa infinita
eternidade
Lindo e mágico...
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