Crying Girl, Roy Lichtenstein, 1964
claro
que choro
meus
dias de ontem
todos
os meus dias de amanhã
choro
muito
esses
dias presente… mas
não
entrego a rapadura
sigo
cantando
a
chorar litros
na
certeza
de
que
a ferida cicatriza…
fazer
o que
tomar
mais uma?
chegar
à conclusão
de
que a gente sempre remoça
futuramente?
nem
me pergunte o que acho
daquilo
que o
bob charles pensou
dizer
com
“as
curvas de santos
se acabam”
sei
apenas que inocente
jamais
passarei novamente
pelos
meandros
daquele amor
e
se
meus olhos já não veem
não
desejo trazer
dolores
falar
do
estrago
que minha
saudade
tem
feito nesse
fim de tarde
quando
quero
apenas mandar um beijo
para
maria das graças,
minha
insônia
meu
degredo
uma
menina em
si
acostumada
a
ser dor
em
mim
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