A Man in a Room, Rembrandt, 1630
no
silêncio da casa
as
lembranças me passeiam
cuido
delas
que
nem cuida de mim
aquela
ideia de futuro
que
ocorreu na última vez
que
lembrei daquele amor
resguardado
na saudade
no
silêncio da casa
os
passos me tornam a ti
e
compreendo que estás em mim
qual
canção de alento
e
resposta a tudo que há de porvir
no
silêncio compassivo da casa
adentro
ao tempo da memória
e
afora o que exista de sonho
ou
de sobrenatural nesse templo
emerge
um pequeno temor
diante
de uma vaga espera:
ser
um tanto dessa sombra
que
ainda me expecta
nos
quatro cantos desta casa
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