A Lua, Tarsila do Amaral, 1928
de
noite
quero gandaia
de
dia
me salve teus braços
e
de manhãzinha
confessarei
meus pecados
até às 11:30 (meio dia, no máximo)
e
só então superarás a minha presença
e esquecido
meu
sumiço
naquele belo dia de sol
e nem era carnaval…
e
se acaso me encontrares
tropego
nalguma
esquina
a
soluçar por ti
permita
outra chance à minha breve sobrevida…
leve-me
até aquele restaurante macrô
onde
de
boca cheia
beijarei
a tua
e
ao teu ouvido darei detalhes
do
frege estranho que rolou com uma nave
na
última madrugada
entre grades da prisão inexplicável
de
onde guardei decifrar
entre tantos clandestinos
a
cruz na qual me encontrava
antes de te avistar
oh,
ame-me, amor
antes
que endoideça...
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