Collage, David Berliuk, 1914
Eu quase que nada não sei.
Mas desconfio de muita coisa.
Guimarães Rosa
Quando a inteligência recua a emoção
impera.
Eis
o tempo da pós-verdade: aguarda-se anulação da lei da gravidade.
Apesar das nossas vergonhas prósperas e
gloriosas, continua vantajoso projetar safras de abonados escândalos belos e complexos.
Medíocres, em geral, ostentam grandes
sentenças.
Pelo
ritmo
da dança,
parece
não haver justiça
- apenas
julgadores.
Os
perversos,
por
suas péssimas
condições morais, não conseguem descansar.
O futuro é o resultado do inexorável
passado imerso na inconstância do presente.
O si mesmo é uma ficção, uma
história que nos contaram.
A desnecessidade fere o conteúdo e desperdiça o olhar.
Viver é bem melhor que sobreviver.
Afinal, estar enredado no agora, perplexo diante da irresolução da
eternidade, é morte que não sabe morrer.
O poema não é saudade, não é
tristeza… O poema, senhoras e senhores, é o ritmo natural das
coisas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário