Echo, Paul Delvaux, 1943
pássaros
adejam
folhas
caem
chove
suor
e lágrimas
distante
criança
pura
semente
embala
e voa
cada estação
na
madrugada
acordei
abraçado
a ti
e
nos gostamos
até
que a ausência
invejosa
infiltrou-se
entre nós
a
exigir privilégios
à
sombra na cidade
uma
criança perdida
e
sua contraparte
a
humana besta
eis
o segredo contido
num
velho poema
nascido
do mistério
e
do medo
perene
aguarda
o
bode expiatório
Nenhum comentário:
Postar um comentário