Felt Suit, Joseph Beuys, 1970
O
incômodo é o caminho mais curto
Entre
o sono e o despertar
Acordo como
Trabalho como
E cago e como outra
vez
De noite fodo e
adormeço
A consciência
tranquila
O dever cumprido…
Domingo vejo futebol
E que se dane o
colesterol
Viajo nas férias de
julho
Não bebo não jogo
não fumo
E mesmo que na
família eu pense
Hei de pular a cerca
“n” vezes
Pois isto vem da
natureza
Nenhum macho é de
ferro
O que os olhos não
veem
Sentiria o coração?
Mas não sou de todo
impuro
Nem tradicional em
demasia
Tudo é só questão
de gosto
Essa fonte de
problemas…
Por isso rezo para
que deus
Seja valorizado no
mercado
E minhas ações
sejam negociáveis
No curto, médio e
longo prazo
Que mais posso
querer
Senão a segurança
(Pra isto invisto a
alma)
Que este mundo não
desabe
Antes que eu consiga
Tempo de
autorresgate?
O resto…
O resto é viadagem
E assim seja!
ResponderExcluirMuito bom!
E assim caminha a humanidade, desconstruindo e construindo novos e velhos hábitos, no habitar daqueles que se dizem sóbrios, sombrios, soberbos. Gostei muito do seu poema!
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