sábado, 7 de março de 2015

Lua Tramontana



Moon Over Alabama
Ricard Lindner, 1963



Todas as artes
contribuem para a maior
de todas as artes:
a arte de viver
Bertolt Brecht (1898-1956)



Vamos, dê-me tua mão
Sigamos em direção ao bar mais próximo.

E não me pergunte porque faço isso, eu não sei, apenas sigo
Em direção à penúltima mesa, porque a última
A que tem meu nome inscrito, está longe
Tão longe quanto esta lua, a Lua Cheia do Farol.

Oh, Lua Tramontana
Lua encantada, adeus.

Veja como brilha aquele olho, a passagem
Buraco na muralha intransponível do céu.
Aquele brilho é por nós, amiga, alegre-se
Acene, acene, é hora de cantarmos gratidão

Oh, Lua Tramontana
Lua encantada, adeus.

Chegaremos a um novo trago, nós os órfãos 
Desde ontem, quando nos demos conta do bar distante
Mostre-me o caminho seguro da tua mão enquanto
Abala-me o soluçar da lua, a Lua Cheia do Farol.

Oh, Lua Tramontana
Lua encantada, adeus.  



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