Um jantar brasileiro, Jean-Baptiste Debret. 1827
Muitas pessoas comem
Menos de um pão por dia…
– Um antiácido, por
favor!
Que sinto falta do mar
E dos olhos verdes de
Maíra.
Um espectro cresce
No centro da cidade
Podre, rico,
Bêbado e enraivecido.
Enraizado, o simulacro.
Senhor absoluto
De numerosas mungangas
morais…
Na zona central da cidade
Desde sempre senta praça
Este fantasma alienado
Que, pobrezito,
Vive esquecido de morrer.
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