Man and Window, Ricard Diebenkorn, 1958
Altruísta,
Vive em
mim
Um
egoísta.
Para
continuar vivo e estável
Travo
minhas batalhas
Nesta
angústia ética.
Olho
adiante:
E vejo a
Morte
A
aguardar-me impávida
No
definitivo tropeço.
Invejo
sua paciência constante.
Porém,
devo proteger-me
Do seu
olhar abstrato,
De sua
absoluta dissolução.
Cíclico,
volto ao teatro.
Por
enquanto, ou de todo dúbio,
Imerso:
teço espirais e volutas,
Ornamentos
deste drama essencial.
Sobreviver,
já sobrevivo.
Resta
mostrar-me digno da culpa
De ter
nascido estranho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário