Vórtice, Iberê Camargo, 1973
2. O
Encantado
Quem está
aí?
Porque de
mim
Saíste
agora?
Anula em
mim
O desejo
de te excluir
Lançar-te fora
Vem, não
te reserves mais
- Metade
minha encantada -
Fica aqui
todos os instantes
Comigo
que te anseio e choro.
Foi pra
isto que me acordaste:
Para que
doesse em mim
Cada
momento que partisses?
Sei,
prazer almejas naquilo que desconheces
Sabor
extrais desse contrário mas, olha:
E o
dissabor a cinzelar-me a alma
E quanto
a mim que neste engano escapo?
Durmamos
ou morremos, amada
Do paraíso há muito nos perdemos.
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