Fernando Botero, A Ceia, 1987
E a gente
vai assim: evitando.
Perder a
calma, cometer loucuras,
Fazer o
que é certo.
De meu
lado, esse adiar constante
Deixar
pro futuro a história
Que
poderia nascer agora
Eis minha covardia:
A
desviar-me da tarefa difícil
A arredar
obra importante.
Coloque
de lado, diz ela, pense apenas
Nos teus
aborrecimentos diários
Nos teus
solapados desejos de amanhã
O controle desta mimada vontade
Rumina
apenas o que é sem custo
E isto
basta para encher-me a pança.
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