Ilustração de Johannes Stäps, Leipzig, 1784
Em tempos
de prosperidade, desaparecem as palavras.
Já foi o
tempo em que por trás de um gênio da literatura, havia um monte de
tipógrafos.
Todos na
antessala, ansiosos. Tinha que levar uma resposta. Logo ele que só
possuía perguntas.
Foi
alguém falar em aumento que logo adoeceu. Na clínica, recebeu três
caixas de chocolate, uma dúzia de rosas e cinco balões em formato
de coração. Piorou. A junta médica, consternada, deu-lhe um ano
de vida.
Ando a
pensar se não seria um bom negócio descobrir o Brasil de uma vez
por todas.
Quando pensou que ia viver nas nuvens, adveio o caos aéreo.
Fazia
tanto calor naquelas plagas que os políticos andavam nus.
Se a
situação não está pra passarinho, imaginem pro pica pau – disse
o missionário trinchando uma codorna, convicto de que era nhambu,
num campo de pouso clandestino no coração da Floresta Amazônica.
O sujeito
era tão santo, mas tão santo, que acabou condenado por heresia.
O problema da democracia é que nunca se chega a um acordo quanto ao sexo dos anjos.
Um dia,
quase fui livre. O problema é que, sendo a liberdade um paradoxo,
acabei voltando para a casa dos meus pais.
Acordara
com a sensação de que, de uns tempos pra cá, chegava cada vez mais
atrasado a todos os encontros que, por uma estranha razão, esquecia
de marcar.
Diante da
dificuldade de entender o que é ser moderno, adotou um figurino para
todas as ocasiões.
Conselho
de amigo: nunca peça fiado na rosca dos outros.
Trending
topics no Twitter: “Não se deve colocar todos os ovos numa única
cesta”.
Lição de Autoajuda: “Evite acidentes... Faça de propósito”.
Provérbio Revisitado: “Quando um não quer, dois não brigam. Mas
um apanha”.
Sabedoria de Caminhão: “O Brasil é um país geométrico. Tem
problemas angulares, discutidos em mesas redondas por um monte de
bestas quadradas”.
Onde
todos têm opinião formada sobre um assunto, prevalece a força.
De desacordadas as anotações não têm nada. Todas vivíssimas!
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