Lines and Wines, Fábio Pinheiro
Na caverna permito que me toquem as imagens,
Brilham ecoadas em paredes soterradas de relâmpagos.
Cúpulas, de claves ogivais,
Entoam notas mudas de um concerto.
Pontuam o traço pausas em espectro.
Um ângulo soçobra retocado
No enlevo altissonante de uma curva.
Ondas reticentes respiram inexatas.
Sentenças acridoces exalam desta rocha.
Acordes perfuram o hálito aveludado deste céu.
O ruído, incauto e suspeito, ilude, frusta
Desintegra o sentido figurado da paisagem.
Um corpo resvala na sirene,
Vozes amplificam a espera,
Rasga o sol uma ária inaudita
Deslocada por completo do contexto.
Ó minúsculo mundo de lonjuras:
A calçada é um campo de opostos!
O asfalto, uma via de mão única.
Na sala, dormitam sonhos aguardados
E nenhuma vocação para o mercado.
Versos de precisas sonoridades, imagens inusitadas, poema construído com cuidado. Beleza!
ResponderExcluirNão meu rei, rendo-me as tuas belezas, mas confesso estou fracassada diante de coisas desconhecidas, palavras que me deixam em baixa com toda classe e qualquer uma, de escritores. Perdão meu querido rei, mas não entendi nada é claro que a culpa, tamanha culpa é tão somente minha e de minha mãe que não forçou-me a estudar...Aceita esta desculpa? Claro que não.
ResponderExcluirOlha não consigo fazer nova senha para aquele meu blog predileto, passe lá pra ver a resposta ao seu comentário. Isto é que é um rei dedicado, passa em todas as casas de seus súditos. Obrigada.
Te amo sempre.
Íris Pereira
Sabe, Paulo;
ResponderExcluirAinda verei estes poemas que você publica aqui em uma antologia; além de cronista admirável, você tem a veio poética, como diziam antigamente.
Este poema é incrível, faz o leitor esvaziar, se sentir pequenino, ansioso mesmo. Teceu uma concha de retalhos magnífica neste texto, meu caro amigo das letras. Bonito como o quê!
Um grande abraço,
Ricardo.
E sempre encontro beleza por aqui...
ResponderExcluirVocê é um ótimo poeta, parabéns.
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